Wednesday, December 31, 2008

2008 Mês a Mês

Janeiro A minha primeira aula de pintura.
Fevereiro Londres no início do mês. Barcelona no fim, em jeito de despedida ao piso do P.
Março A minha primeira prova de orientação (um desastre!).
Abril Cirque du Soleil (Fantástico!).
Maio Tropa de Elite em Hola Festival no São Jorge.
Junho Os Santos na Avenida.
Julho FIA na FIL.
Agosto Benfica vs Porto (o ambiente...).
Setembro A entrevista para o novo emprego.
Outubro Congresso da SPE em Vila Real. Benfica no MEO. ITÁLIA (Milano, Como, Bellagio, Varenna, Lecco, Verona, Padova, Venezia, Murano e Burano).
Novembro Entrega da tese (finalmente!!!!).
Dezembro Doutoramento da Ana. Defesa do meu mestrado. Já está!

O Livro Gomorra.
O Filme Tropa de Elite vs Cidade de Deus.
A Música Viva La Vida (Coldplay).
O Local Bellagio (Lombardia) e Burano (Veneto), Itália.

Saturday, October 18, 2008

Boa viagem!


O Pantufa fez no dia 6 de Outubro 22 anos e deixou-nos. Tinha eu 9 quando ele veio morar connosco pelas mãos da minha tia e era o gato mais bonito que tinha visto! Com poucos meses as brincadeiras do Pantufa eram correr pela casa e, com ar intrigado, atirar-se a tudo o que mexesse, fosse um atacador do sapato ou um esparguete cru que caisse ao chão. Nunca foi um gato muito irrequieto. Não subia as cortinas nem arranhava muito as unhas nos sofás mas era, como todos os gatos, muito curioso. Uma das suas maiores curiosidades era o andar por cima do nosso e, sempre que a porta se abria para conversarmos com a vizinha do lado, ele lá aproveitava para dar uma escapadela ao 3º andar. Depois foi crescendo e gostava de se sentar nos 10 cm de parapeito da janela da sala a apanhar sol ou no cimo do móvel da sala a ver-nos passar e, apesar do nosso receio, nunca caiu e sempre se movimentou com a natural agilidade dos gatos. A mesma agilidade com que passava entre as pernas da mesa e das cadeiras da sala sempre que brincava connosco ou fugia do Gutten uns anos mais tarde.
Também era um gato que “viajava” muito. Sempre que a mana se lembrava de brincar aos adultos e calçar os sapatos-de-salto-alto da mãe, metia-o dentro de um daqueles cestos de verga antigos e ora dava voltas à mesa da sala, ora se sentava com o cesto ao colo a fingir ir de comboio para Lisboa. Na realidade o Pantufa nunca viajou para muito longe porque as nossas férias na altura eram, como as de quase toda a gente, no Algarve e, para além da Fajarda, esse foi o único lugar distante que conheceu. Mas penso que gostou porque treinava a sua agilidade no telhado dessa nossa casa de férias. Depois, à medida que foi envelhecendo, gostava de se deitar aos pés da nossa cama ou no quentinho de qualquer lugar. Às vezes, chegávamos a casa e depois de muito o procurarmos e chamarmos, iamos descobri-lo dentro do roupeiro ou de um qualquer armário que nos tivéssemos esquecido de fechar. Quando, mais tarde, o Fat veio fazer parte da família e tivémos que mudar de casa o Pantufa já estava velhote e não brincava muito. Às vezes até se chateava com o Fat sempre que este via nele um companheiro de brincadeiras.
O Pantufa é o gato rafeiro que ficou em 1º lugar no concurso de beleza que houve na Escola Preparatória onde eu estudei e passou à frente de siameses e persas. É o gato mais bonito que alguma vez vi e quando, no outro dia, o meu pai me respondeu que ele já tinha ido para a Ericeira percebi que aos 22 anos o Pantufa tinha “gasto” a primeira das suas sete vidas e vai agora viajar por outros lugares!

Friday, August 1, 2008

Venezia em Acrílico sobre Tela

O ano passado, pela ocasião dos anos da mãe, eu e a mana decidimos que já era altura de lhe oferecer qualquer coisa de diferente. A mãe, antes de ser mãe, tinha um jeito especial para desenhar a carvão e nós achamos que 30 anos depois era tempo de reencontrar esse dom. Assim, a 22 de Julho oferecemos-lhe um cheque-prenda de aulas de pintura num atelier perto de casa. Inevitavelmente, ofereci-me a mesma prenda, com a desculpa de lhe fazer companhia. Seis meses depois da primeira aula, alguns dos resultados são os três quadros seguintes e a experiência de pintar um deles ao vivo na FIA (Feira Internacional de Artesanato) que decorreu entre 5 e 13 de Julho na FIL. Coincidência ou não, em Outubro, vou conhecer ao vivo a cidade que pintei.


P.S.: Os da mãe vêm a caminho...

Sunday, January 6, 2008

Um domingo, o seguinte, ainda em Braga

O pequeno almoço no hotel foi simples, o mínimo que se podia encontrar, torradas, sumo, leite, etc. O autocarro do Benfica ainda estava no mesmo sítio, em frente ao hotel, por isso não foi com muita surpresa que avistámos um jogador equipado à Benfica passar na rua. Mesmo por detrás duns óculos escuros e com ar encolhido como quem ainda não acordou, deu para reconhecê-lo, era Mariano Velasquez, o capitão. N. levantou-se e foi falar com ele, são muitos anos, um a jogar, outro a apoiar.
Ainda não tínhamos o dia totalmente planeado, ou iríamos passear pelos pontos turísticos de Braga ou iríamos visitar um amigo. Após um telefonema ficou decidido que iríamos ver B. em Entre-Os-Rios, e de lá iríamos directos para o estádio.
A viagem foi demorada, por nossa culpa, ou melhor por causa da fabulosa sinalização das rotundas de Braga e das estradas circundantes, mas o passeio foi bonito, passeámos por estradas à beira do Douro, quase sempre com floresta ou vegetação à vista e bastantes povoações que, se vistas com calma, em todas encontraríamos pontos de interesse.


Entre os rios - Portugal (2007)


Chegámos a Entre-Os-Rios, estava um dia de sol e as pontes destacavam-se, não exactamente pela sua beleza mas pela simbologia que representa uma ponte em Entre-Os-Rios. No local onde a tragédia aconteceu foi colocado um memorial, o qual visitámos com interesse e respeito.


Entre os rios - Portugal (2007)

B. apareceu com o seu habitual sorriso tímido e sincero, estava feliz por termos aceite o seu convite para almoçar. Comemos entre gente jovem e com muita conversa benfiquista pelo meio. Pela janela avistava-se o Douro, estávamos à beira do rio, limpo e sossegado.
Ainda tínhamos tempo para passear mais um pouco antes de partirmos para o estádio. O sol àquela hora já tinha aquecido bem, o suficiente para procurar sombras por onde caminhar. I. encontrou à beira do Douro muitos motivos para tirar fotos e foi a única que teve coragem de ir provar a temperatura da água, e partilhou essa sensação passando as mãos pela face de P.


Entre os rios - Portugal (2007)

N. parecia não gostar da cor dos ténis porque tentou pintá-los de branco...
Alguns benfiquistas locais reuniram-se ao pé da ponte, nós íamos em excursão com eles até ao estádio. É engraçado ouvir discussões de bola com pronúncia do Norte. À medida que regressávamos a Braga o nervoso miudinho ia subindo com a quantidade de carros identificados com o SLB e com a iminência de a qualquer momento cruzarmo-nos com um grupo de adeptos portistas.
A chegada ao estádio teve muitas semelhanças com o estádio da Luz no que se refere aos acessos e ao ambiente. Vermelho a dobrar, filas de trânsito e estacionamento em vias rápidas e as habituais roulotes ponde parámos para beber uma cervejola e recordar jogos de épocas anteriores naquele bonito estádio.
O estádio do Braga é sem dúvida muito bonito e original. Do lado de fora notava-se alguma tensão, mas nada de especial, o normal para dar alguma emoção até ao apito inicial. O jogo foi mediano, nenhuma equipa correu riscos e por isso não houve golos. À falta de beleza futebolística contentei-me em ver o pôr do sol e a tirar fotos às claques.


Braga - Portugal (2007)


O fim de semana foi passado em boa companhia, ao mesmo tempo divertido e descontraído.
Foi bom regressar a casa no colo da pessoa que se gosta.


Braga - Portugal (2007)

By P.

Thursday, January 3, 2008

Um sábado, em Setembro, em Braga

A viagem até Braga foi tranquila. O condutor foi sempre o mesmo mas os restantes viajantes sempre que possível tentaram ser boa companhia. O caminho não tinha nada que enganar, sempre na auto-estrada em direcção a Norte. Íamos ter bom tempo e todos estavam preparados para um fim-de-semana cheio de passeios e culminado com o jogo do glorioso n’A Pedreira.
Passámos pelo Porto, cidade que acolhe o belo rio Douro com as suas pontes sempre prontas para se mostrarem às máquinas fotográficas.
Íamos sem saber ainda onde dormir, mas sem preocupações, tínhamos referências de alguns lugares e tempo para encontrá-los. Acabámos por ficar no centro da cidade, a 10 minutos do centro histórico.
O hotel tinha uma decoração colorida e engraçada, com destaque para os coraçõezinhos espalhados pelo hotel, desde a parede exterior até ao pequeno autocolante na cabeceira da cama.
Já era noite mas em frente ao nosso hotel deu para perceber que estava um outro hotel concerteza bem mais sofisticado que o nosso, e à sua porta estava um autocarro do SLB que mais tarde descobrímos pertencer à equipa de hóquei.
Depois de descarregar as malas e escolhermos os quartos à sorte, chegou a altura de jantar. Achei divertida a conversa que tivemos com o senhor da recepção, além de me ter parecido que discutímos coisas que eram óbvias para todos, ele possuia uma pronúncia tão característica da região e soava tão amigável e hospitaleiro que não hesitámos em seguir as suas sugestões e fomos jantar para os lados da zona mais histórica da cidade.


Braga - Portugal (2007)

A busca de um restaurante com boa pinta, no aspecto e no preço, foi demorada. Percorremos ruas cheias de lojas... fechadas. Avistámos pouca gente, era sábado à noite mas havia pouco movimento. A nossa escolha recaiu finalmente por um restaurante com aspecto muito “da aldeia”, mas com decoração muito futebolística, cachecóis e um empregado jovem e atencioso que sempre que descrevia como era cozinhado um determinado prato com a sua pronúncia nortenha apetecia logo pedi-lo!
O bacalhau e o arroz de cabidela estavam excelentes e pouco depois surgiram os primeiros sinais de cansaço. Mas ainda havia tempo e vontade de bisbilhotar o largo principal, ao fim da noite já estava bem composto com jovens e as suas esplanadas com bastante clientela. Um desses cafés tinha uma decoração clássica, tinha fotos das estrelas de cinema, do tempo em que se filmava a preto e branco.

Braga - Portugal (2007)

A noite não terminaria sem uma cartada onde os mais batoteiros se aproveitaram do cansaço dos que realmente sabem jogar...

By P.