O Pantufa fez no dia 6 de Outubro 22 anos e deixou-nos. Tinha eu 9 quando ele veio morar connosco pelas mãos da minha tia e era o gato mais bonito que tinha visto! Com poucos meses as brincadeiras do Pantufa eram correr pela casa e, com ar intrigado, atirar-se a tudo o que mexesse, fosse um atacador do sapato ou um esparguete cru que caisse ao chão. Nunca foi um gato muito irrequieto. Não subia as cortinas nem arranhava muito as unhas nos sofás mas era, como todos os gatos, muito curioso. Uma das suas maiores curiosidades era o andar por cima do nosso e, sempre que a porta se abria para conversarmos com a vizinha do lado, ele lá aproveitava para dar uma escapadela ao 3º andar. Depois foi crescendo e gostava de se sentar nos 10 cm de parapeito da janela da sala a apanhar sol ou no cimo do móvel da sala a ver-nos passar e, apesar do nosso receio, nunca caiu e sempre se movimentou com a natural agilidade dos gatos. A mesma agilidade com que passava entre as pernas da mesa e das cadeiras da sala sempre que brincava connosco ou fugia do Gutten uns anos mais tarde.
Também era um gato que “viajava” muito. Sempre que a mana se lembrava de brincar aos adultos e calçar os sapatos-de-salto-alto da mãe, metia-o dentro de um daqueles cestos de verga antigos e ora dava voltas à mesa da sala, ora se sentava com o cesto ao colo a fingir ir de comboio para Lisboa. Na realidade o Pantufa nunca viajou para muito longe porque as nossas férias na altura eram, como as de quase toda a gente, no Algarve e, para além da Fajarda, esse foi o único lugar distante que conheceu. Mas penso que gostou porque treinava a sua agilidade no telhado dessa nossa casa de férias. Depois, à medida que foi envelhecendo, gostava de se deitar aos pés da nossa cama ou no quentinho de qualquer lugar. Às vezes, chegávamos a casa e depois de muito o procurarmos e chamarmos, iamos descobri-lo dentro do roupeiro ou de um qualquer armário que nos tivéssemos esquecido de fechar. Quando, mais tarde, o Fat veio fazer parte da família e tivémos que mudar de casa o Pantufa já estava velhote e não brincava muito. Às vezes até se chateava com o Fat sempre que este via nele um companheiro de brincadeiras.
O Pantufa é o gato rafeiro que ficou em 1º lugar no concurso de beleza que houve na Escola Preparatória onde eu estudei e passou à frente de siameses e persas. É o gato mais bonito que alguma vez vi e quando, no outro dia, o meu pai me respondeu que ele já tinha ido para a Ericeira percebi que aos 22 anos o Pantufa tinha “gasto” a primeira das suas sete vidas e vai agora viajar por outros lugares!
Também era um gato que “viajava” muito. Sempre que a mana se lembrava de brincar aos adultos e calçar os sapatos-de-salto-alto da mãe, metia-o dentro de um daqueles cestos de verga antigos e ora dava voltas à mesa da sala, ora se sentava com o cesto ao colo a fingir ir de comboio para Lisboa. Na realidade o Pantufa nunca viajou para muito longe porque as nossas férias na altura eram, como as de quase toda a gente, no Algarve e, para além da Fajarda, esse foi o único lugar distante que conheceu. Mas penso que gostou porque treinava a sua agilidade no telhado dessa nossa casa de férias. Depois, à medida que foi envelhecendo, gostava de se deitar aos pés da nossa cama ou no quentinho de qualquer lugar. Às vezes, chegávamos a casa e depois de muito o procurarmos e chamarmos, iamos descobri-lo dentro do roupeiro ou de um qualquer armário que nos tivéssemos esquecido de fechar. Quando, mais tarde, o Fat veio fazer parte da família e tivémos que mudar de casa o Pantufa já estava velhote e não brincava muito. Às vezes até se chateava com o Fat sempre que este via nele um companheiro de brincadeiras.
O Pantufa é o gato rafeiro que ficou em 1º lugar no concurso de beleza que houve na Escola Preparatória onde eu estudei e passou à frente de siameses e persas. É o gato mais bonito que alguma vez vi e quando, no outro dia, o meu pai me respondeu que ele já tinha ido para a Ericeira percebi que aos 22 anos o Pantufa tinha “gasto” a primeira das suas sete vidas e vai agora viajar por outros lugares!
2 comments:
ohhhh, O Pantufa fez-me correr as lágrimas!!! Para além das saudades dos amigos, família, também está as saudades pelos animais. Sinto falta...mesmo falta...por vezes julgo que os animais compreende-nos melhor que certas pessoas. É tão bom dar-lhes o nosso carinho e sentir (e ver mesmo, aquele rabinho a abanar) que o nosso amor é apreciado. O nosso animal quer cão ou gato não engana, vê-se bem quando estão contentes, felizes por estarmos com eles. Só tenho pena, que não seja fácil viajar com animais, todas as leis de quarentena, não ajudam...e sinto muito a falta de um amigo animal. Sinto mesmo...
Uma vez ouvi num programa de tv algo com o qual concordo bastante. Alguém dizia que os animais são bons amigos porque, entre outras coisas, não falam. Não nos julgam quando erramos, não nos magoam quando os desiludimos e não ficam tristes connosco por só brincarmos 5 min com eles, pelo contrário, mostram uma alegria que dura para todo o dia só por causa desses 5 min. Exigem-nos muito pouco mas dão-nos tanto...
Obrigada pelo teu post ;)
Bj, I.
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