A viagem foi demorada, por nossa culpa, ou melhor por causa da fabulosa sinalização das rotundas de Braga e das estradas circundantes, mas o passeio foi bonito, passeámos por estradas à beira do Douro, quase sempre com floresta ou vegetação à vista e bastantes povoações que, se vistas com calma, em todas encontraríamos pontos de interesse.
Ainda tínhamos tempo para passear mais um pouco antes de partirmos para o estádio. O sol àquela hora já tinha aquecido bem, o suficiente para procurar sombras por onde caminhar. I. encontrou à beira do Douro muitos motivos para tirar fotos e foi a única que teve coragem de ir provar a temperatura da água, e partilhou essa sensação passando as mãos pela face de P.
Alguns benfiquistas locais reuniram-se ao pé da ponte, nós íamos em excursão com eles até ao estádio. É engraçado ouvir discussões de bola com pronúncia do Norte. À medida que regressávamos a Braga o nervoso miudinho ia subindo com a quantidade de carros identificados com o SLB e com a iminência de a qualquer momento cruzarmo-nos com um grupo de adeptos portistas.
A chegada ao estádio teve muitas semelhanças com o estádio da Luz no que se refere aos acessos e ao ambiente. Vermelho a dobrar, filas de trânsito e estacionamento em vias rápidas e as habituais roulotes ponde parámos para beber uma cervejola e recordar jogos de épocas anteriores naquele bonito estádio.
O estádio do Braga é sem dúvida muito bonito e original. Do lado de fora notava-se alguma tensão, mas nada de especial, o normal para dar alguma emoção até ao apito inicial. O jogo foi mediano, nenhuma equipa correu riscos e por isso não houve golos. À falta de beleza futebolística contentei-me em ver o pôr do sol e a tirar fotos às claques.
Foi bom regressar a casa no colo da pessoa que se gosta.
By P.