Confesso que não sou vermelha e verde. Sou 100% vermelha (...e isso me envaidece). Mas, este mundial tem conseguido que eu não despregue os olhos e ouvidos, ora da tv, ora do rádio, ora das notícias “ao minuto” da net.
O interesse começou no trabalho quando um colega e amigo apareceu com a caderneta do mundial. Não tanto pela caderneta mas pelos comportamentos que ela provocou. Achei extraordinário ver colegas de mais de 30 anos a comprarem, religiosamente, as carteiras (de 5 cromos cada) por 0,60 € e queixarem-se do elevado preço das mesmas. Eu sou uma ignorante nestes assuntos mas, parece-me que 0,12 € pelo David Villa até nem é um mau preço por um jogador que já soma 3 golos neste mundial. Depois desta reacção racional e adulta do meu amigo A. eis que, logo a seguir ao café que, por norma, bebemos depois do almoço, me diz a mim e à P. que vai ali ao Rossio trocar uns cromos e já volta. Só isto eu já achava lindo mas quando o A. nos conta que trocou cromos com um miúdo que ali estava acompanhado pelo avô e com outro senhor (com mais de 30 anos e a caderneta completa) que não trocava nem vendia mas dava os cerca de 70 cromos que tinha repetidos então fiquei mesmo perplexa. Assim, claro que o meu amigo conseguiu completar a caderneta dele em cerca de 7 dias e gastando apenas mais uns euritos do que gastaria se nunca lhe tivesse saído um único cromo repetido! Mas, sendo isto semelhante a um vício, em que os dias sem tirar o papel do cromo e o colar no rectângulo da caderneta que lhe está destinado se assemelham a uma ressaca, que faz o A.? Oferece-se para ir ao Rossio arranjar os cromos que faltam aos filhos das nossas colegas. E assim termina a primeira fase, apaixonante, da minha relação com este mundial.
A segunda começou com um convite do P. para a liga Fantasy da Copa do Mundo da FIFA/Macdonald’s. Nada de especial no início. Era preciso escolher 23 jogadores (o onze inicial e o banco), respeitando um orçamento inicial de 140 milhões (muito além dos 0,12 € por jogador) e limitando o número de jogadores escolhidos de uma mesma selecção a dois (uma coisa mais adulta e racional, portanto!). Assim, os cromos foram ficando de parte e as conversas foram começando a ser algo como “Tenho o Messi no banco e pus o Coentrão a Capitão” ou “Vou despachar o Cannavaro que me custou 6,5 milhões e com apenas mais 200 mil euritos ainda vou buscar o Demichelis” ou ainda “Como é que é possível que o Robinho, um jogador de quase 10 milhões, não me tenha feito nem um pontinho hoje?!” (ahh, isto sim, são conversas adultas e sérias…). Às tantas damos por nós a rogar pragas à Inglaterra por ter marcado um golo à Eslóvénia. Se não o tivesse feito o Brecko tinha feito 9 pontos. 9! Em vez de 5! E a nós, por termos posto o Robinho a capitão quando o Coentrão é que se devia ter mantido e, em vez de 0 tinhamos mais 18, 18 pontinhos!
E hoje, a última coisa que fazemos antes de nos deitarmos é escolher o onze inicial para os jogos das oitavas que vão acontecer no dia seguinte.
Ficam, para recordação, as duas selecções que gostava de ver na final deste Mundial 2010, depois da portuguesa, claro, com o Coentrão a capitão. DECIDIDAMENTE!
O interesse começou no trabalho quando um colega e amigo apareceu com a caderneta do mundial. Não tanto pela caderneta mas pelos comportamentos que ela provocou. Achei extraordinário ver colegas de mais de 30 anos a comprarem, religiosamente, as carteiras (de 5 cromos cada) por 0,60 € e queixarem-se do elevado preço das mesmas. Eu sou uma ignorante nestes assuntos mas, parece-me que 0,12 € pelo David Villa até nem é um mau preço por um jogador que já soma 3 golos neste mundial. Depois desta reacção racional e adulta do meu amigo A. eis que, logo a seguir ao café que, por norma, bebemos depois do almoço, me diz a mim e à P. que vai ali ao Rossio trocar uns cromos e já volta. Só isto eu já achava lindo mas quando o A. nos conta que trocou cromos com um miúdo que ali estava acompanhado pelo avô e com outro senhor (com mais de 30 anos e a caderneta completa) que não trocava nem vendia mas dava os cerca de 70 cromos que tinha repetidos então fiquei mesmo perplexa. Assim, claro que o meu amigo conseguiu completar a caderneta dele em cerca de 7 dias e gastando apenas mais uns euritos do que gastaria se nunca lhe tivesse saído um único cromo repetido! Mas, sendo isto semelhante a um vício, em que os dias sem tirar o papel do cromo e o colar no rectângulo da caderneta que lhe está destinado se assemelham a uma ressaca, que faz o A.? Oferece-se para ir ao Rossio arranjar os cromos que faltam aos filhos das nossas colegas. E assim termina a primeira fase, apaixonante, da minha relação com este mundial.
A segunda começou com um convite do P. para a liga Fantasy da Copa do Mundo da FIFA/Macdonald’s. Nada de especial no início. Era preciso escolher 23 jogadores (o onze inicial e o banco), respeitando um orçamento inicial de 140 milhões (muito além dos 0,12 € por jogador) e limitando o número de jogadores escolhidos de uma mesma selecção a dois (uma coisa mais adulta e racional, portanto!). Assim, os cromos foram ficando de parte e as conversas foram começando a ser algo como “Tenho o Messi no banco e pus o Coentrão a Capitão” ou “Vou despachar o Cannavaro que me custou 6,5 milhões e com apenas mais 200 mil euritos ainda vou buscar o Demichelis” ou ainda “Como é que é possível que o Robinho, um jogador de quase 10 milhões, não me tenha feito nem um pontinho hoje?!” (ahh, isto sim, são conversas adultas e sérias…). Às tantas damos por nós a rogar pragas à Inglaterra por ter marcado um golo à Eslóvénia. Se não o tivesse feito o Brecko tinha feito 9 pontos. 9! Em vez de 5! E a nós, por termos posto o Robinho a capitão quando o Coentrão é que se devia ter mantido e, em vez de 0 tinhamos mais 18, 18 pontinhos!
E hoje, a última coisa que fazemos antes de nos deitarmos é escolher o onze inicial para os jogos das oitavas que vão acontecer no dia seguinte.
Ficam, para recordação, as duas selecções que gostava de ver na final deste Mundial 2010, depois da portuguesa, claro, com o Coentrão a capitão. DECIDIDAMENTE!