A alguns dias passados do Benfica-Porto e a mais alguns do Barcelona-Recreativo de Huelva dou por mim a precisar de escrever algo senão explodo! O que se vai passar nas próximas linhas é caso raro neste blogue e portanto se esta minha tentativa de escrever sobre bola vos parecer um pouco absurda e totalmente patética tomem a liberdade de me considerar completamente avariada da cabeça!
Para começar, e para os menos atentos, o Barcelona ganhou por 3 e o Benfica perdeu por 1. Ambos os estádios tinham casa praticamente cheia apesar da importância dos jogos não ser comparável. Em Camp Nou o ambiente estava calmo em redor do estádio enquanto na Luz se ouviam cânticos e se sentia no ar o calor dos grandes jogos. Dentro do estádio predominava o vermelho e branco alegremente estampado nos cachecóis, nas t-shirts, nas bandeiras e nalgumas faixas que, felizmente, ainda teimam em aparecer. Já em Camp Nou era uma salganhada de amarelos, azuis, vermelhos, laranjas, brancos – acho que não me falta mais nenhuma côr – que tinham tudo para impor alguma alegria ao estádio mas ficaram aquém das expectativas. Pelo menos das minhas.
A entrada do Benfica foi feita ao som das vozes dos adeptos em “Ser Benfiquista”. O estádio vestiu-se de cartolinas vermelhas e brancas e as claques juntaram às vozes e à Luz (estádio) uma outra luz proporcionada por dezenas de tochas que lançadas para o relvado resultaram num efeito espectacular o qual, infelizmente, ainda não é compreendido por todos. E logo na Luz, o estádio do mundo em que isto faz mais sentido!
Quando a coreografia terminou fizeram-se bolas de papel com as cartolinas, que foram lançadas um pouco por todo o estádio e a águia fez, mais uma vez, o seu voo. Em Barcelona viu-se um 2 em 1. Os jornais distribuídos à entrada foram transformados em aviões e, por sua vez, os aviões voaram ora para o relvado ora para a cabeça de alguém. Ainda me acertaram com um, e ainda bem, não me sentiria completa se abandonasse o estádio sem ter levado com, pelo menos, um destes objectos voadores das centenas deles que sobrevoaram o relvado do Camp Nou nessa noite.
A entrada do Benfica foi feita ao som das vozes dos adeptos em “Ser Benfiquista”. O estádio vestiu-se de cartolinas vermelhas e brancas e as claques juntaram às vozes e à Luz (estádio) uma outra luz proporcionada por dezenas de tochas que lançadas para o relvado resultaram num efeito espectacular o qual, infelizmente, ainda não é compreendido por todos. E logo na Luz, o estádio do mundo em que isto faz mais sentido!
Quando a coreografia terminou fizeram-se bolas de papel com as cartolinas, que foram lançadas um pouco por todo o estádio e a águia fez, mais uma vez, o seu voo. Em Barcelona viu-se um 2 em 1. Os jornais distribuídos à entrada foram transformados em aviões e, por sua vez, os aviões voaram ora para o relvado ora para a cabeça de alguém. Ainda me acertaram com um, e ainda bem, não me sentiria completa se abandonasse o estádio sem ter levado com, pelo menos, um destes objectos voadores das centenas deles que sobrevoaram o relvado do Camp Nou nessa noite.
Luz vs Camp Nou - 2007
Nos dois jogos a emoção foi claramente diferente. Se por um lado, em Camp Nou, os adeptos pareciam apáticos durante todo o jogo com excepção dos momentos de golo, do senhor com o nome “Henry” estampado nas costas da t-shirt, e de um outro mais refilão, por outro, a Luz tem uma personalidade diferente. Mais inquieta e barulhenta. Numas vezes feita de adeptos que apoiam com cânticos e palmas, noutras feita de adeptos que criticam, dão palpites e resmungam e ainda noutras feita de adeptos que cantam e criticam os que criticam e resmungam. Faz tudo parte da paixão que se sente no ar.
O Barcelona ganhou por 3 e os adeptos saíram de Camp Nou transportando a mesma apatia.
O Benfica perdeu por 1 e os adeptos saíram da Luz a criticar os jogadores escolhidos, a dar palpites sobre a forma como os cantos deviam ser marcados e a resmungar pela falta de amor à camisola e 3 dias depois, sentados frente à televisão, perdoaram e esqueceram todos os erros e torceram para que o Benfica marcasse o golo que o pusesse na UEFA. Porque amar é mesmo isso…
O Benfica perdeu por 1 e os adeptos saíram da Luz a criticar os jogadores escolhidos, a dar palpites sobre a forma como os cantos deviam ser marcados e a resmungar pela falta de amor à camisola e 3 dias depois, sentados frente à televisão, perdoaram e esqueceram todos os erros e torceram para que o Benfica marcasse o golo que o pusesse na UEFA. Porque amar é mesmo isso…